Este blog foi pensado por mim, Daniel Chaves, no contexto de uma disciplina, História Contemporânea II, na Universidade Federal do Amapá, em 2013, a partir da ideia de que blogs poderiam ser espaços de debate, reflexão e até mesmo de avaliação discente. Depois de algumas sessões/postagens dos meus alunos, pensei: "bom, acho que também vou participar". E cá estou junto a eles, participando da blogosfera. Vamos juntos!

24.12.13

Acabou 2013, mas não acabou o trabalho

Car@s amig@s, bom dia! Hoje é a véspera do Natal, uma data que poucos conseguem se manter alheios.

Já no ritmo de festas de fim de ano, não podia nem deixar o Blog de lado, nem deixar de festejar o encerramento de 2013... E como o semestre não acaba junto com o ano, pensei: "então, o que fazer?"

A saída para não perder o pique foi compartilhar com vocês algumas aulas que dei em 2013, como motivo de inspiração, e quem sabe, fixação do conteúdo. Vejam só:

"Neoliberalismos, neoconservadorismos e a década perdida"
http://prezi.com/cm6cvc5cikwv/?utm_campaign=share&utm_medium=copy&rc=ex0share

"Guerra Fria: de Yalta a Hanói"
http://prezi.com/7nwxc4mlqsrd/?utm_campaign=share&utm_medium=copy&rc=ex0share

"Crise de 29, Entreguerras e a ascensão dos fascismos"
http://prezi.com/wp4bygjsjihm/?utm_campaign=share&utm_medium=copy&rc=ex0share


Abraço e boas festas para tod@s!


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Recomendações da minha biblioteca para você:

17.12.13

Algumas ferramentas do Século XXI: Prezi + Drive

Para dar continuidade a uma das forças-motrizes deste Blog - a discussão sobre Novas TICs -, gostaria também de compartilhar com os(as) meus(inhas) discentes e com os(as) leitores(as) deste Blog algumas ferramentas que podem ser de utilidade para fins didáticos e paradidáticos. Respectivamente: o programa/software chamado Prezi (www.prezi.com), e o Google Drive (www.drive.google.com), um serviço/sistema de armazenamento em Cloud Computing para uso costumeiro. 

Mas qual é a importância destas duas ferramentas para fins discentes/docentes em sala de aula, e além?

A primeira opção é uma boa oferta, inclusive alternativa ao nada bom e já velho Powerpoint - cuja capacidade ilustrativa dá sinais de desgaste em sala de aula. O cansaço do público espectador já virou até mote para piadas e uma certa impressão de cansaço: "ih, lá vem aquele monte de texto nos slides, vou brigar para não 'boiar' dessa vez". Ainda que existam boas formas de driblar os clichês do programinha da Microsoft, que não acompanhou a desconstrução das linearidades unívocas do protótipo narrativo da internet 1.0, é possível avançar além do paradigma sequencial do ppt e ir a uma direção nova, descentralizada, capaz de ir além da dimensão horizontal da década de '90 e mergulhar em loops, zooms e torções do conteúdo que impressionam e cativam a atenção do público. 

Vejam abaixo o video, bem ilustrativo sobre o que pode ser feito no Prezi:



Já no caso do Google Drive, a ideia é ter um repositório online (ou seja, é o fim do mundo para os pendrives e os CDs, que se juntam aos disquetes no inferno dos hardwares) para arquivos de qualquer tipo. Neste caso, após fazer a operação de enviar tais arquivos - ou até pastas! - para armazenamento, operação esta chamada de upload (que como um bom leitor perceberá, é o oposto de download), torna-se possível acessar tais arquivos, e até mesmo compartilhar tais formas de acesso, com o público. Este público, por sua vez, pode ser selecionado: é possível compartilhar - vejam, compartilhar não significa alterar, mas significa acessar - tais informações através de pastas com convidados, com os conhecedores do endereço eletrônico de acesso, ou ainda torna-lo público... e se for o caso, não compartilhar com ninguém, servindo como o finado pendrive - só que agora em uma versão virtualizada, com materialidade zero. As funcionalidades para sala de aula são várias, mas em especial a redução de custos com fotocópias (que em muitos casos tem problemas de direito autoral, lembremo-nos), a criação de um espaço onde trocam-se informações, mensagens e arquivos instantaneamente (variando o grau de acesso e a existência ou não de moderadores), e ainda a perspectiva de poupar a materialidade da leitura, o que não só economiza papel celulose e tinta como ainda permite que qualquer ponto de acesso com internet, esteja onde estiver, crie condições para o contato com o conteúdo. 

Na nossa disciplina em questão, História Contemporânea II, em 2013, já utilizamos a ferramenta, vejam só no link: https://drive.google.com/folderview?id=0B0mIvNPHDoSzY1FfSVRVTnVrQUE&usp=sharing

Antes de terminar esta postagem de compartilhamento de experiências, é importante fazer também algumas advertências do Ministério do Bom Senso: o uso de tecnologias não é, e nem pode ser, uma forma de superar a experiência presencial do bom e velho debate em sala de aula. São formas de complementar e amparar a atividade letiva de aprendizagem, caros(as) leitores(as)!

Obrigado por mais uma visita, pessoal. Bom estudo!

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Recomendações da minha biblioteca para você:
* "Comin' home baby", de Herbie Mann
"Os novos movimentos sociais e a pluralidade do Social", de Ernesto Laclau

14.12.13

Começando o blog - ou "pegando embalo"

A ideia de ter um blog é algo que persegue a minha geração, desde o bom e velho blogspot.com , até o contemporâneo twitter e as mídias sociais de microblogagem. Torna-se quase que obrigatório importar as discussões da blogagem e das novas tecnologias (ou as novas TICs), em um curso de História Contemporânea II para uma turma de graduação em História, feita por um professor jovem (juro que não revelo idade, mesmo!) que viveu o início dessa revolução informacional quando (mais) jovem.

Não dava para ofertar um curso de História Contemporânea que fosse feito como no século passado, não é? Uma discussão especial é essa, infindável, que vai acabar de forma ou outra presente nos outros posts do meu blog: como é que se ministra ensino ou pesquisa História Contemporânea no século XXI? (lembro da minha professor da metodologia da História que dizia que "não existia ainda século XXI", e isso em 2000 e pouco!). Será que é do mesmo jeito que nossos antepassados historiadores estudavam no século passado? Será que é a mesma História e, se não for, como podemos trata-la diante disso?

Uma condição sem retorno é o uso das tecnologias, é a História com tecnologias, História das tecnologias, História feita por tecnologias. Não estou com medo, mesmo com tanto arcaísmo reacionário por aí solto, que isso signifique uma futilização do ensino de História. Ter lido Melvin Kranzberg e as suas seis leis foi algo que fez bem para mim e para alguns dos pioneiros da pulverização tecnológica na vida privada e profissional. Taí um dos grandes autores que me ensinaram a não ser saudosista - Hermano Vianna foi outro.

É claro que é uma aventura - a de surfar junto com eles, com o plus de não receber nota, mesmo sendo avaliado (sei que eles me avaliarão!). E é claro que tem certa petulância, mas e daí? Isso se dá em uma academia tão rígida e envelhecida como a do mundo contemporâneo. Mas acho que surfar nessa blogosfera com os meus alunos me relembra o melhor presente que os professores, secretamente, guardam: o de conviver, aprender e ensinar, com jovens, para jovens e por jovens. Quem sabe, os mais sábios sabem que não é ficando mais velho (alô galera, velhice não tem a ver com idade, tem a ver com a cabecinha!) que se fica mais sábio e maduro, mas ficando mais jovem. Os velhos são só mais cansados, e não mais sábios - e por isso parecem, falsamente, mais pacientes, como diria Chico Teixeira. 

É só um post de abertura. Nas próximas vezes, caríssimos leitores(as), garanto mais rigor, academicismo e, em algum momento, com alguma sorte, algum senso de humor. Bom fim de semana!

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Recomendações da minha biblioteca para você: 

* "La potencia plebeya", de Alvaro Garcia Linera