Este blog foi pensado por mim, Daniel Chaves, no contexto de uma disciplina, História Contemporânea II, na Universidade Federal do Amapá, em 2013, a partir da ideia de que blogs poderiam ser espaços de debate, reflexão e até mesmo de avaliação discente. Depois de algumas sessões/postagens dos meus alunos, pensei: "bom, acho que também vou participar". E cá estou junto a eles, participando da blogosfera. Vamos juntos!

11.2.14

Terminando de começar

Prezadas e prezados colegas de jornada,

A disciplina História Contemporânea II, ministrada em duas turmas (licenciatura e bacharelado, 2010, na UNIFAP), chega a sua reta finalíssima  na medida em que o calendário 2013/2 também chega ao fim. Foram 12 sessões expositivas, com semanas de experimentação, descoberta, dilemas e fôlego, muito fôlego. Não é qualquer um que consegue manter a disciplina e a criatividade em alta o tempo todo em uma experiência tão difícil quanto a de um blog meio acadêmico, meio coloquial.

A disciplina pode ser visualizada, como um esquema e um todo, clicando aqui.

Na próxima semana trarei estatísticas gerais sobre os resultados agregados das duas turmas - apenas, neste caso, sobre a nossa avaliação. Mas adianto que teremos um demonstrativo muito interessante para refletir o uso do Blog como ferramenta didática ou paradidática. Bom fim de disciplina a todas(os)!

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Recomendações da minha biblioteca para você: 

26.1.14

Artigos: novas TICs na didática do ensino de História

Nesta semana, que começamos a cruzar a metade do curso na direção do encerramento, alguns discentes procuraram a mim perguntando: "professor, e se nós quiséssemos escrever, de forma entrelaçada com o tema das aulas e dos trabalhos, sobre as Novas Tecnologias da Informação? Você poderia nos ajudar com textos específicos que fossem acadêmicos? Textos ligados a nossa área de História e Didática?"

Pois lá vão algumas boas recomendações, pessoal:




Espero que seja de utilidade a todos(as)! Boa semana e até a próxima aula, pessoal!



15.1.14

Pílulas - ou como fugir da repetição e do ostracismo em um blog

A postagem de hoje, de forma introdutória, pretende trazer uma outra abordagem possível sobre o conteúdo. Considerando que a rotina de um blog pode vir a se tornar maçante, ou repetitiva até, na medida em que as postagens teriam certa tendência (detalhes editoriais, notem bem!) a ser tão homogêneos que se pasteurizam, o autor/blogueiro deve se preocupar em mudar a rotina. Mas como mudar a rotina?

Uma boa e imediata abordagem possível é o uso de 'pílulas', de conteúdos mais curtos, com efeito anti-cíclico sobre tal vício de rotina que um blog pode acabar assumindo. Como deduzimos na condição de autores(as)/blogueiros(as), a pior coisa que pode ocorrer em um blog é o ostracismo, a ausência de visitas, a perda de visibilidade de magnetismo junto ao público. Se a essência de um blog é a comunicação direta, não haver mais comunicação representa o seu fim como existência.

Mas o que chamo de 'pílulas'? A rigor, é uma metáfora para pequenas formas de comunicação, de fácil e rápida 'ingestão' (daí a metáfora), geralmente utilizadas entre ou logo antes/depois das 'refeições' (outro gancho da metáfora), que seriam as postagens mais longas e profundas. As pílulas, assim, ajudam a reverter, como na medicina, determinados processos, desde que bem ministradas.

Há várias pílulas possíveis para se utilizar: em geral tudo que fuja a rotina do texto, em especial do texto profundo, mas que não se desconecte ou desgarre da proposta inicial do blog. Em resumo, é preciso ter muita, muita habilidade (e alguma sorte!) para postar de forma harmoniosa sobre o Big Brother 14 em uma discussão sobre física ou química orgânica. Nessa hora, o trunfo da versatilidade das discussões pertencentes às humanidades é formidável e permite usos mais diversos - como nós professores(as) sabemos, a sala de aula exige cada vez mais a construção de pontes entre o mundo ordinário e cotidiano com as discussões específicas com nossos(as) discentes. 

E essas várias pílulas, hoje, tem de ser cada vez mais atentas a crescente mediatização das relações (vide o efeito Facebook e Twitter da Geração dos Rolezinhos) - assim sendo, vídeos produzidos pelos próprios discentes ou docente, grupos de discussão em redes sociais, atividades extra-classe com alto nível de gamificação/ludificação são imprescindíveis e o desconhecimento sobre tais pílulas é um risco muito grande. Qualquer perda deste horizonte pode representar, com facilidade, a perda de uma importante ferramenta de manutenção do vínculo relacional entre docente e discente, cada vez mais abatido pela desierarquização das relações profissionais no Século XXI. Interessante notar como o corte conceitual contemporâneo nos ajuda a entender estas relações, não é? Ponto para a História Contemporânea! 

Como fazer, então? Se tornar um profissional rígido com jovens ainda em formação, em faixa etária pré-adulta, ou correr o risco de agir como um animador de auditório?

É preciso, cada dia mais, portanto, ser lúdico e transformar a aprendizagem um jogo, como prática atrativa e capaz de integrar participantes. Gerar emblemas de conquistas com diferentes níveis de classificação para os participantes do jogo; criar sistemas de recompensa por metas atingidas, como 'barras de progresso' para medir a aproximação destas metas; quizzes e desafios entre participantes, por exemplo, são formas de ativar tal ludicidade. Tudo com muito cuidado para não criar competições exacerbadas ou transformar a séria e compenetrada experiência docente em uma mera brincadeira, entrando em um irreversível mundo de fantasia e brincadeira onde o conhecimento torna-se apenas um coadjuvante, quando é na verdade o protagonista. 

O que resta conviver, no entanto, é um mundo tão social e compartilhado como o nosso, este protagonista não atua sozinho. 

A minha pílula de hoje, para vocês, é a aula que discutimos sobre a Guerra Fria, vejam só clicando aqui. E a de vocês?

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Recomendações da minha biblioteca para você: 
* "Recursos minerais na Amazônia", por Breno dos Santos 

8.1.14

Café História: uma boa opção de rede social profissional

Nos atuais tempos de uma infindável oferta de redes sociais, do Twitter ao Facebook, passando por mil e uma redes específicas que vão da paquera a busca por emprego, já surge uma tendência: a de que toda rede que se torna modismo tenha seu pico de popularidade - a máxima de que tudo que sobe, depois, cedo ou tarde, desce. Essa tendência tem a ver com diversas razões: seja por força da própria transitoriedade destes modismos (quem não lembra do Orkut ou do MSN?) até mesmo a própria mudança de tecnologias e terminais (os famosos 'gadgets', ou aparelhos) como smartphones e até mesmo smartwatches, fazendo com que estas mudanças se acelerem e até mesmo se integrem.

Há gente que anuncia decisivamente o fim da era do Facebook como algo iminente.

Certo é, no entanto, que as redes sociais não são um modismo - em especial se considerarmos que o próprio conceito de rede social poderia ser transhistórico: ou seja, que em toda a história sempre há uma forma de comunicação tendendo a se tornar reticular e agir de forma descentralizada. Essa é uma longa, longa discussão, que muitas vezes não vai encontrar nas redes sociais gerais (aquelas de uso comum e quão amplo possível) um bom espaço, já que muita gente que convive conosco, professores-pesquisadores-alunos, não tem a obrigação de entender do nosso jargão nem da nossa infindável curiosidade por problematizações, fontes, teorias, e muito mais.

Como então nós, historiadores e interessados leigos, podemos sobreviver em uma dinâmica tão intensa de troca de informações sem perdermos este trem da história? É preciso harmonizar tais diferenças, a do rigor acadêmico e crítico que nos é peculiar, com um mundo tão povoado por novidades e inovações da moda.

A boa notícia é que temos espaços interessantes para realizar estas e muitas outras discussões históricas, como o bom e claro "Café História" (Anotem o endereço: http://cafehistoria.ning.com ). A sua definição serve como uma luva para estas expectativas de sobrevivência do conhecimento na era do efêmero: "O Café História é uma rede social online fundada em 18 de janeiro de 2008 pelo jornalista e historiador Bruno Leal. É voltada para estudantes, professores, pesquisadores e para todos aqueles que acreditam que estudar e discutir história é o maior barato. Todo o conteúdo do site é aberto.". Bacana, não é? Já é apetitoso pelo simples fato de que a rede é alimentada pelos seus membros: não há um canal unilateral de informação, mas sim um fluxo contínuo e participativo de trocas de vídeos, textos, links, blogs, chats...

Qualquer interessado em História tem um banquete pela frente, e não importa se você tiver muita fome de História: quem nos conhece sabe o quanto cada historiador, não importa qual a sua área de interesse, é intelectualmente insaciável.


PS: O meu perfil na rede Café História está na página http://cafehistoria.ning.com/profile/DanielChaves . Me adiciona por lá!

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Recomendações da minha biblioteca para você: 

* "Real People", por Common Sense