Este blog foi pensado por mim, Daniel Chaves, no contexto de uma disciplina, História Contemporânea II, na Universidade Federal do Amapá, em 2013, a partir da ideia de que blogs poderiam ser espaços de debate, reflexão e até mesmo de avaliação discente. Depois de algumas sessões/postagens dos meus alunos, pensei: "bom, acho que também vou participar". E cá estou junto a eles, participando da blogosfera. Vamos juntos!

14.12.13

Começando o blog - ou "pegando embalo"

A ideia de ter um blog é algo que persegue a minha geração, desde o bom e velho blogspot.com , até o contemporâneo twitter e as mídias sociais de microblogagem. Torna-se quase que obrigatório importar as discussões da blogagem e das novas tecnologias (ou as novas TICs), em um curso de História Contemporânea II para uma turma de graduação em História, feita por um professor jovem (juro que não revelo idade, mesmo!) que viveu o início dessa revolução informacional quando (mais) jovem.

Não dava para ofertar um curso de História Contemporânea que fosse feito como no século passado, não é? Uma discussão especial é essa, infindável, que vai acabar de forma ou outra presente nos outros posts do meu blog: como é que se ministra ensino ou pesquisa História Contemporânea no século XXI? (lembro da minha professor da metodologia da História que dizia que "não existia ainda século XXI", e isso em 2000 e pouco!). Será que é do mesmo jeito que nossos antepassados historiadores estudavam no século passado? Será que é a mesma História e, se não for, como podemos trata-la diante disso?

Uma condição sem retorno é o uso das tecnologias, é a História com tecnologias, História das tecnologias, História feita por tecnologias. Não estou com medo, mesmo com tanto arcaísmo reacionário por aí solto, que isso signifique uma futilização do ensino de História. Ter lido Melvin Kranzberg e as suas seis leis foi algo que fez bem para mim e para alguns dos pioneiros da pulverização tecnológica na vida privada e profissional. Taí um dos grandes autores que me ensinaram a não ser saudosista - Hermano Vianna foi outro.

É claro que é uma aventura - a de surfar junto com eles, com o plus de não receber nota, mesmo sendo avaliado (sei que eles me avaliarão!). E é claro que tem certa petulância, mas e daí? Isso se dá em uma academia tão rígida e envelhecida como a do mundo contemporâneo. Mas acho que surfar nessa blogosfera com os meus alunos me relembra o melhor presente que os professores, secretamente, guardam: o de conviver, aprender e ensinar, com jovens, para jovens e por jovens. Quem sabe, os mais sábios sabem que não é ficando mais velho (alô galera, velhice não tem a ver com idade, tem a ver com a cabecinha!) que se fica mais sábio e maduro, mas ficando mais jovem. Os velhos são só mais cansados, e não mais sábios - e por isso parecem, falsamente, mais pacientes, como diria Chico Teixeira. 

É só um post de abertura. Nas próximas vezes, caríssimos leitores(as), garanto mais rigor, academicismo e, em algum momento, com alguma sorte, algum senso de humor. Bom fim de semana!

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Recomendações da minha biblioteca para você: 

* "La potencia plebeya", de Alvaro Garcia Linera