Há gente que anuncia decisivamente o fim da era do Facebook como algo iminente.
Certo é, no entanto, que as redes sociais não são um modismo - em especial se considerarmos que o próprio conceito de rede social poderia ser transhistórico: ou seja, que em toda a história sempre há uma forma de comunicação tendendo a se tornar reticular e agir de forma descentralizada. Essa é uma longa, longa discussão, que muitas vezes não vai encontrar nas redes sociais gerais (aquelas de uso comum e quão amplo possível) um bom espaço, já que muita gente que convive conosco, professores-pesquisadores-alunos, não tem a obrigação de entender do nosso jargão nem da nossa infindável curiosidade por problematizações, fontes, teorias, e muito mais.
Como então nós, historiadores e interessados leigos, podemos sobreviver em uma dinâmica tão intensa de troca de informações sem perdermos este trem da história? É preciso harmonizar tais diferenças, a do rigor acadêmico e crítico que nos é peculiar, com um mundo tão povoado por novidades e inovações da moda.
A boa notícia é que temos espaços interessantes para realizar estas e muitas outras discussões históricas, como o bom e claro "Café História" (Anotem o endereço: http://cafehistoria.ning.com ). A sua definição serve como uma luva para estas expectativas de sobrevivência do conhecimento na era do efêmero: "O Café História é uma rede social online fundada em 18 de janeiro de 2008 pelo jornalista e historiador Bruno Leal. É voltada para estudantes, professores, pesquisadores e para todos aqueles que acreditam que estudar e discutir história é o maior barato. Todo o conteúdo do site é aberto.". Bacana, não é? Já é apetitoso pelo simples fato de que a rede é alimentada pelos seus membros: não há um canal unilateral de informação, mas sim um fluxo contínuo e participativo de trocas de vídeos, textos, links, blogs, chats...
Qualquer interessado em História tem um banquete pela frente, e não importa se você tiver muita fome de História: quem nos conhece sabe o quanto cada historiador, não importa qual a sua área de interesse, é intelectualmente insaciável.
PS: O meu perfil na rede Café História está na página http://cafehistoria.ning.com/profile/DanielChaves . Me adiciona por lá!
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Recomendações da minha biblioteca para você:
* "Revisão das políticas de ocupação da Amazônia: é possível identificar modelos para projetar cenários?", por Bertha K. Becker.
* "Real People", por Common Sense