Este blog foi pensado por mim, Daniel Chaves, no contexto de uma disciplina, História Contemporânea II, na Universidade Federal do Amapá, em 2013, a partir da ideia de que blogs poderiam ser espaços de debate, reflexão e até mesmo de avaliação discente. Depois de algumas sessões/postagens dos meus alunos, pensei: "bom, acho que também vou participar". E cá estou junto a eles, participando da blogosfera. Vamos juntos!

8.1.14

Café História: uma boa opção de rede social profissional

Nos atuais tempos de uma infindável oferta de redes sociais, do Twitter ao Facebook, passando por mil e uma redes específicas que vão da paquera a busca por emprego, já surge uma tendência: a de que toda rede que se torna modismo tenha seu pico de popularidade - a máxima de que tudo que sobe, depois, cedo ou tarde, desce. Essa tendência tem a ver com diversas razões: seja por força da própria transitoriedade destes modismos (quem não lembra do Orkut ou do MSN?) até mesmo a própria mudança de tecnologias e terminais (os famosos 'gadgets', ou aparelhos) como smartphones e até mesmo smartwatches, fazendo com que estas mudanças se acelerem e até mesmo se integrem.

Há gente que anuncia decisivamente o fim da era do Facebook como algo iminente.

Certo é, no entanto, que as redes sociais não são um modismo - em especial se considerarmos que o próprio conceito de rede social poderia ser transhistórico: ou seja, que em toda a história sempre há uma forma de comunicação tendendo a se tornar reticular e agir de forma descentralizada. Essa é uma longa, longa discussão, que muitas vezes não vai encontrar nas redes sociais gerais (aquelas de uso comum e quão amplo possível) um bom espaço, já que muita gente que convive conosco, professores-pesquisadores-alunos, não tem a obrigação de entender do nosso jargão nem da nossa infindável curiosidade por problematizações, fontes, teorias, e muito mais.

Como então nós, historiadores e interessados leigos, podemos sobreviver em uma dinâmica tão intensa de troca de informações sem perdermos este trem da história? É preciso harmonizar tais diferenças, a do rigor acadêmico e crítico que nos é peculiar, com um mundo tão povoado por novidades e inovações da moda.

A boa notícia é que temos espaços interessantes para realizar estas e muitas outras discussões históricas, como o bom e claro "Café História" (Anotem o endereço: http://cafehistoria.ning.com ). A sua definição serve como uma luva para estas expectativas de sobrevivência do conhecimento na era do efêmero: "O Café História é uma rede social online fundada em 18 de janeiro de 2008 pelo jornalista e historiador Bruno Leal. É voltada para estudantes, professores, pesquisadores e para todos aqueles que acreditam que estudar e discutir história é o maior barato. Todo o conteúdo do site é aberto.". Bacana, não é? Já é apetitoso pelo simples fato de que a rede é alimentada pelos seus membros: não há um canal unilateral de informação, mas sim um fluxo contínuo e participativo de trocas de vídeos, textos, links, blogs, chats...

Qualquer interessado em História tem um banquete pela frente, e não importa se você tiver muita fome de História: quem nos conhece sabe o quanto cada historiador, não importa qual a sua área de interesse, é intelectualmente insaciável.


PS: O meu perfil na rede Café História está na página http://cafehistoria.ning.com/profile/DanielChaves . Me adiciona por lá!

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Recomendações da minha biblioteca para você: 

* "Real People", por Common Sense